domingo, 22 de agosto de 2010

Aqui se trança? .... Há que saber!

“Quero marcar um horário. Você é Psicanalista? tô desesperado, você tem que me ajudar!...”

No campo restrito de meus recursos com as cores do desejo entrelaçam-se os fios precisos e necessários à trama do trabalho,
o meu trabalho, o trabalho do sonho, o trabalho de luto...
Um escuta, do outro,
a insistência do vazio que perpassa entre o telefone e a voz que já se fez ouvir que o analista deve estar lá,
onde a causa do desejo não pode se desviar, à deriva, nas palavras.
Mas o que quereria a voz que já indicou que ali há um ‘consultório’ de psicanálise?

De que? De quem ? Oferta?... ou Espera em movimento, que faz girar os discursos?

Sendo assim, por que não o TEAR 4, um ‘blog’ para tranças e traçados?...
e através disso trazer a público o labor-restos do trabalho clínico em vigor ?

Espaço para que alguém se arme de coragem e verifique, com outros, o que há do analista, reapresentando-o no possível dizer do movimento privado da escuta?

Recorrer à escrita da experiência arriscada do desencontro marcado de todo dia, e de cada vez,
e apresentar aqui a voz-escrita que não deixa escapar, na medida do possível,
a trança, dos discursos, das letras....
para então postar sua práxis, quem sabe, paradoxalmente, diante do ‘chiste’ da questão?

Pode ser este um dos alcances da verdade....., é uma aposta,
onde talvez ninguém se exima de uma
certa pegada no sintoma.
A psicanálise depende também desses ‘nós’.


Lúcia Montes.

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