segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ainda "A professora de Piano"...O cinema...que angústias, que verdade ele descortina?



Há  filmes, que   por tocarem  em pontos universais da estrutura psíquica humana são  como os mitos  e passam a fazer   parte da  cultura  universal e  tem  ai sua perenidade.  Eles nos causam  impacto,nos  emudecem , nos fazem rir ou chorar ,quando algo  projetado na tela transpassa a fantasia  e nos aproxima do real indizível .
Na saída dos cinemas  são  comuns estes comentários: "não gosto de fime pesado ","venho  ao  cinema para distrair", este  "diretor  é louco " , "este filme  deveria ser  proibido".
Negação, que diz da verdade, que a obra  cinematográfica  descortina.
  
O filme do diretor Hanecke, na  magistral interpretaçaõ  de Isabelle Huppert  e  Benoît Magimel,  bate direto, sem subterfúgios,  de encontro  a uma necessidade profunda do ser humano de se castigar, de se fazer sofrer , de se humilhar e  de se  culpabilizar.
Esta  é a trama  da humanidade,  comum  da  maioria dos pacientes  que procuram  uma terapia .

Em contrapartida a este masoquismo, dito  moral, em que a sexualidade parece à  primeira vista  pouco implicadada,  surgem   aquelas situações em que as  sevicias e as mutilações  são efetivamente atuadas.

O filme provocu muitos comentários na época do seu lançamento . Seria ,aqui deixo como questão , por causa de que?
Por causa do estreito laço  que separa a sexualidade  normal da patológica  ?
Pela angústia diante de um  gozo  insuportável que avassala as pessoas frente a certas situações ?
A devastação provocada pela  figura materna na vida da personagem ?

Lucia Cunha Frota

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